Um blog pessoal para compartilhar ideias com amigos e familiares. Todos os posts de autoria exclusiva do autor, e eventuais citações de terceiros com nomes dos respectivos autores e/ou textos destes em destaque. PauloCCSaraceni

TODA VIDA É UMA ESTÓRIA.

Toda pessoa é uma história. Uma boa estória. Valeria a pena ser contada, para todas as outras. Muitas viveram as melhores , mas não sabem contar. Algumas viveram menores, mas sabem.

Compartilhar é entregar memórias, experiências. 

Os compositores fazem isto com as músicas. 

 Os poetas. 

 Os escritores. 

O legado de toda vida deveria ter registro. Toda vida, importa. 

Produtiva, construtiva, assertiva, criativa. Sempre deixam uma resposta  para as outras. As batalhas, as coragens,  feridas e derrotas. As vitórias devem ser insinuadas, a generosidade não convive com a pretensão. 

Deixei de ler as ficções, os romances. Só me atraem as biografias. E quando estou cansado das palavras, escuto o trompete de Miles Davis ou o sax de Bird. 

Boa noite. 

Campo Grande 22:45 - 25/11/2021.

SOLTAR É MELHOR


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PENSAR E SENTIR

Os conceitos filosóficos nunca me foram amigáveis, me atrae a reflexão e não o método e a classificação.

A ciência de Platão sempre me pareceu mais virtuosa pelo sentir e não racionalizar.

As pulsões nos impõem vulgaridades de existência humana.

Sabedoria num instante, mas sem permanência da melhor razão.

Somos vulgares nos hábitos de rotina. Comer, saciar a sede, desejar, evacuar, temer, duvidar, ter certeza, esquecer, sentir dor, provocar, sofrer, enraivecer, desconfiar e falar sem pensar. 

Maior conhecimento, e maior demanda por reflexão não amplia a nossa memória e não racionaliza nossas emoções e/ou os sentidos.

Somos no átimo, e não num percurso de tempo,  ali  temos vulgaridades e brilhos, e aqui construímos nossa história/estória, e com muita ficção.

Com muita pretensão e ilusão,  é esta a nossa liturgia, na demanda por autoestima. 

CONCORRA E GANHE


 

QUER A VERDADE?


 

MAIS QUE UMA NOVALGINA


 

IMPOSTORES DA INFORMAÇÃO


 

NUVEM DE GAFANHOTOS

 


CURRICULUM VITAE

O orgulho é um sentimento medíocre.
Ensinar nunca foi virtude, ter aprendido sim. E por maior que seja a lição que eu tenha para ensinar, meu próprio débito com as experiências da vida sempre será maior.
A hora que o coração pediu, eu fiz!
A razão busca a segurança, a certeza, e sempre demanda mais energia do que concede felicidade. Correr riscos e errar por uma escolha num momento de intuição inspirada, ainda assim me ofereceu a experiência.
As horas mais felizes da minha vida sempre foram inesperadas, improvisadas, surpreendentes, então nunca planejei e nem sonhei muito, me deixei viver.
Com 66 anos cometi mais erros que esperava, mas menos do que certamente me teriam feito mais sábio. Não errar nunca foi uma boa estratégia, saber superar as próprias fraquezas e ter um caminho foi a grande sabedoria.
Policial, advogado e professor mas tenho a certeza que mais do que o treinamento que busquei para estas atividades, o meu mérito e desempenho dependeu muito mais da minha vontade de servir, de trabalhar e ser honesto. A qualificação é um atributo que só se constrói com o caráter e a vocação para o trabalho.
O meu maior sucesso e alegria só reconheci nos últimos anos, têm nome e é a recompensa eterna de toda a minha vida: Cecília e Antônio.

A ARROGÂNCIA DOS NÉSCIOS


 

AOS COVARDES CENSORES






IN DUBIO PRO CIVE

 




CONSTITUIÇÃO FEDERAL

 Título V Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 

 Capítulo II Das Forças Armadas 

 Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (Constituição Federal).

As Forças Armadas devem intervir para a garantia do Estado de Direito, da Democracia, dos poderes Constitucionais e na defesa da Lei e da Ordem.

INSEGURANÇA AO CRIME!

A ARMA AUTORIZADA AO CIDADÃO DE BEM INVERTE A SENSAÇÃO DE VULNERABILIDADE, DE INSEGURANÇA, QUE DA POTENCIAL VÍTIMA PASSA PARA O AGRESSOR.

Me choca a corrupção, e as armas em abundância nas mãos do crime, que nunca precisa comprá-las legalmente, e o cidadão indefeso se oferece como ovelha ao sacrifício de uma violência institucionalizada, onde o malfeitor além de contar com a negligência do Estado na segurança, tem o seu conluio para vedar ao homem de bem a autodefesa. 

Os Institutos da legítima defesa própria e de terceiros garantidos em Lei, sem o acesso à ferramenta de proteção própria, é um sarcasmo, uma afronta ao cidadão de bem que quer ser a última resistência à violência contra si e sua família.   Aliás, ele tem psicologicamente a sensação de vulnerabilidade permanente de que sempre estará inferiorizado neste confronto, o crime dispensa os meios legais para ofendê-lo de morte, à si e à sua família, e se blinda de qualquer reação justa com a cobertura do ente estatal,  que a nega ao cidadão produtivo. O crime nunca precisou da autorização do Estado, do porte de arma, para subjugar os inocentes, e uma sociedade que protege os lobos, sacrifica as ovelhas - ou as entrega ao desespero tentando a vida e a justa autodefesa com a faca da cozinha, pois os fuzis, metralhadoras, automáticas e até granadas já estão com seus agressores.                                            Eu fui policial na zona de violência mais deflagrada do país, onde o confronto entre a Justiça e o Crime se dá com intensidade de uma guerra permanente*, tráfico de drogas e armas, quadrilhas organizadas internacionais, pistolagem, contrabando, roubo etc e o diagnóstico para mim sempre foi claro: as nossas  Leis são complacentes com criminosos, presos e condenados, como se o Estado quisesse expurgar alguma culpa pela punição aos injustos e violentos. Se esmera em direitos humanos a quem viola os seus semelhantes e seus direitos, e dá as costas aos humanos direitos.

*Comandei Delegacia Regional de Polícia na fronteira seca entre o Brasil, Paraguai e Bolívia com jurisdição sobre um território maior que muitos países, à frente de 7 Delegacias jurisdicionadas, com logística e equipamentos precários. Sei que a possibilidade entre a vida e a morte nestes e em muitos outros lugares, onde é impossível a ubiquidade estatal, é contar com uma arma de defesa, senão à altura do crime (esta concorrência sempre foi desleal em prejuízo da Lei), ao menos com alguma capacidade de resistência.

COMITIVA ESPERANÇA 7

Democracia dos covardes esta que ataca as pessoas e não as ideias, que reproduz clichês de infâmias na pobreza da própria razão e dos argumentos. Que apedrejam artistas por sua convicção política, e se calam ante a censura, a arbitrariedade, a violência e a corrupção que desfilam aos seus olhos, e que solapa a riqueza do país. Este tradicional butim político que nos últimos governos afundou as estatais em desvios bilionários, e ergueu totens olímpicos, e do futebol, ao invés de hospitais. Que deu dinheiro aos bolsos ricos de empreiteiras e financiadores amigos. Estes democratas que trazem na ponta da língua a ofensa como discurso, que com infâmias peroram de genocidas, nazistas, ditadores quem sequer lhes devolvem as injúrias. Estes, mesmos, que comemoram a facada torpe, traiçoeira, sórdida e covarde. E que enxergam os defeitos de um gestor a milhares de kms mas ignoram os desvios bilionários dos seus vizinhos prefeitos e governadores. 
Esta Comitiva Esperança vai às ruas dia 7, pelo Brasil, pela família, pelos homens e mulheres honestos que querem viver sob as Leis e a Justiça, não sob o jugo de usurpadores do regime das liberdades, que fizeram da nossa Democracia uma caricatura e do Estado de Direito uma falácia. Vejo erros no atual governo, mas vejo a nobre intenção de acertar, sem negociatas, sem comprar apoios ou sem se fazer gigolô de cargos públicos aos apoiadores de ocasião. O Brasil, a despeito de uma mortal pandemia que arrasou o mundo, teve um desempenho excepcional em todos os níveis. Olhem à vossa volta, onde está toda a América do Sul? Países mais ricos e industrializados que o nosso vacinaram menos a população e caíram num abismo econômico. Nós estamos crescendo em taxas inéditas nos últimos 30 anos, não se têm mensalões, petrolão e corrupção sangrando os cofres públicos, e sequer um escândalo. 
Sérgio Reis, você não estará só nesta Comitiva Esperança. E não é pelo Bolsonaro, ele vai passar, ele é apenas um início, com imperfeições de todo pioneiro trabalho grandioso, mas pelo Brasil. Novos gestores virão, certamente com mais expertise e experiência, por estas novas práticas políticas que se ele não implantou, perfeitamente, ele começou. Mas não havia outro, até então, disposto a esta grande briga. Pela Cecília e o Antônio, e eterna homenagem à Isabel! PELO BRASIL!

NULLUM CRIMEN SINE LEGE

Há um princípio Supremo na nossa Constituição, e dele decorre o próprio fundamento do Estado de Direito, entre nós. É a pedra estrutural da nossa Democracia, eleita pelo Constituinte na abertura da Carta Magna.  O princípio da Dignidade da Pessoa Humana informa todo o texto constitucional e dele decorrem outros, que harmonizam todo o ordenamento jurídico (Art. 1º, III). O indivíduo, sua dignidade (integridade de Direitos), é a premissa no nosso ambiente nacional legal, como a célula original. Surge, assim, o princípio da Intervenção Mínima que, apenas por excepcionalidade, confere ao Estado o direito de intervir e mesmo de punir.  E, limitando tal punição, surge o princípio da Reserva Legal (Art. 5º, XXXIX), impondo ao ente estatal, o Estado Juiz, a obediência à estrita tipificação legal das normas penais.  Estas são as sementes dos institutos da Anterioridade da Lei Penal, da Razoabilidade e da Proporcionalidade da Punição. São regras absolutas e limitadoras do poder persecutório do Estado, uma proteção inalienável contra os arbítrios da força e da autoridade abusiva, em face do Cidadão de Bem. Somente a total observância destas condutas pelo ente estatal legitimam a justa causa para o Direito Público de Punir. Fake News (sic) não é tipo penal, e sem que se aponte fato determinado, e indícios de autoria, com a conduta do ilícito descrita em norma com cominação de pena, inexiste crime. Não se cria, não se fabrica ilícitos, nem se permite cotejar ou buscar suspeitas no âmbito da persecução penal. Sequer o procedimento de investigação pode ser iniciado, sem respeitar o inflexível Sistema Processual-Constitucional Acusatório.

DERROTA DA DEMOCRACIA

VOTARAM CONTRA A TRANSPARÊNCIA NAS ELEIÇÕES.  CONTRA O VOTO VERIFICÁVEL, IMPRESSO E APURAÇÃO PÚBLICA


Adriana Ventura (Novo-SP)

Aelton Freitas (PL-SP)

Afonso Florence (PT-BA)

Afonso Motta (PDT-RS)

Airton Faleiro (PT-PA)

Alcides Rodrigues (Patriota-GO)

Alencar S. Braga (PT-SP)

Alessandro Molon (PSB-RJ)

Alex Manente (Cidadania-SP)

Alexandre Frota (PSDB-SP)

Alexandre Leite (DEM-SP)

Alice Portugal (PCdoB-BA)

Aliel Machado (PSB-PR)

Altineu Côrtes (PL-RJ)

André Figueiredo (PDT-CE)

André Janones (Avante-MG)

André de Paula (PSD-PE)

Angela Amin (PP-SC)

Antonio Brito (PSD-BA)

Arlindo Chinaglia (PT-SP)

Arnaldo Jardim (Cidadania-SP)

Átila Lira (PP-PI)

Augusto Coutinho (Solidariedade-PE)

Áurea Carolina (PSOL-MG)

Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ)

Bacelar (Podemos-BA)

Baleia Rossi (MDB-SP)

Benedita da Silva (PT-RJ)

Beto Faro (PT-PA)

Beto Pereira (PSDB-MS)

Beto Rosado (PP-RN)

Bira do Pindaré (PSB-MA)

Bohn Gass (PT-RS)

Bosco Costa (PL-SE)

Bosco Saraiva (Solidariedade-AM)

Bozzella (PSL-SP)

Camilo Capiberibe (PSB-AP)

Capitão Fábio Abreu (PL-PI)

Carlos Sampaio (PSDB-SP)

Carlos Veras (PT-PE)

Carlos Zarattini (PT-SP)

Célio Moura (PT-TO)

Célio Studart (PV-CE)

Chico D´Angelo (PDT-RJ)

Chiquinho Brazão (Avante-RJ)

Christino Aureo (PP-RJ)

Cristiano Vale (PL-PA)

Dagoberto Nogueira (PDT-MS)

Damião Feliciano (PDT-PB)

Daniel Almeida (PCdoB-BA)

Daniel Coelho (Cidadania-PE)

Daniela Waguinho (MDB-RJ)

Danilo Cabral (PSB-PE)

David Miranda (PSOL-RJ)

Delegado Waldir (PSL-GO)

Domingos Neto (PSD-CE)

Dr.Luiz Antonio Jr (PP-RJ)

Dulce Miranda (MDB-TO)

Edilazio Junior (PSD-MA)

Edio Lopes (PL-RR)

Eduardo Barbosa (PSDB-MG)

Eduardo Bismarck (PDT-CE)

Eduardo Cury (PSDB-SP)

Eduardo da Fonte (PP-PE)

Eli Corrêa Filho (DEM-SP)

Elias Vaz (PSB-GO)

Enio Verri (PT-PR)

Erika Kokay (PT-DF)

Fábio Henrique (PDT-SE)

Fábio Trad (PSD-MS)

Fausto Pinato (PP-SP)

Felipe Carreras (PSB-PE)

Félix Mendonça Jr (PDT-BA)

Fernanda Melchionna (PSOL-RS)

Fernando Coelho (DEM-PE)

Fernando Monteiro (PP-PE)

Flávio Nogueira (PDT-PI)

Frei Anastacio (PT-PB)

Gastão Vieira (PROS-MA)

Genecias Noronha (Solidariedade-CE)

Geninho Zuliani (DEM-SP)

Gervásio Maia (PSB-PB)

Gil Cutrim (Republicanos-MA)

Glauber Braga (PSOL-RJ)

Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Guilherme Mussi (PP-SP)

Gustavo Fruet (PDT-PR)

Gustinho Ribeiro (Solidariedade-SE)

Helder Salomão (PT-ES)

Henrique Fontana (PT-RS)

Idilvan Alencar (PDT-CE)

Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL)

Israel Batista (PV-DF)

Ivan Valente (PSOL-SP)

Jandira Feghali (PCdoB-RJ)

João C. Bacelar (PL-BA)

João Daniel (PT-SE)

João Maia (PL-RN)

Joenia Wapichana (Rede-RR)

Joice Hasselmann (PSL-SP)

Jorge Solla (PT-BA)

José Airton (PT-CE)

José Guimarães (PT-CE)

José Nelto (Podemos-GO)

José Priante (MDB-PA)

José Ricardo (PT-AM)

José Rocha (PL-BA)

Joseildo Ramos (PT-BA)

Josimar Maranhãozinho (PL-MA)

Julio Lopes (PP-RJ)

Junior Lourenço (PL-MA)

Júnior Mano (PL-CE)

Kim Kataguiri (DEM-SP)

Leo de Brito (PT-AC)

Leonardo Monteiro (PT-MG)

Leônidas Cristino (PDT-CE)

Lídice da Mata (PSB-BA)

Lucas Vergilio (Solidariedade-GO)

Luciano Bivar (PSL-PE)

Luis Miranda (DEM-DF)

Luis Tibé (Avante-MG)

Luiz Carlos Motta (PL-SP)

Luiz Antônio Corrêa (PL-RJ)

Luiza Erundina (PSOL-SP)

Luizão Goulart (Republicanos-PR)

Luizianne Lins (PT-CE)

Marcelo Aro (PP-MG)

Marcelo Calero (Cidadania-RJ)

Marcelo Freixo (PSB-RJ)

Marcelo Nilo (PSB-BA)

Marcelo Ramos (PL-AM)

Marcio Alvino (PL-SP)

Marco Bertaiolli (PSD-SP)

Marcon (PT-RS)

Marcos A. Sampaio (MDB-PI)

Margarete Coelho (PP-PI)

Marília Arraes (PT-PE)

Mário Heringer (PDT-MG)

Mário Negromonte Jr (PP-BA)

Marreca Filho (Patriota-MA)

Merlong Solano (PT-PI)

Milton Coelho (PSB-PE)

Natália Bonavides (PT-RN)

Nereu Crispim (PSL-RS)

Newton Cardoso Jr (MDB-MG)

Nilson Pinto (PSDB-PA)

Nilto Tatto (PT-SP)

Odair Cunha (PT-MG)

Odorico Monteiro (PSB-CE)

Orlando Silva (PCdoB-SP)

Otto Alencar (PSD-BA)

Padre João (PT-MG)

Patrus Ananias (PT-MG)

Paulão (PT-AL)

Paulo Guedes (PT-MG)

Paulo Magalhães (PSD-BA)

Paulo Pereira (Solidariedade-SP)

Paulo Pimenta (PT-RS)

Paulo Ramos (PDT-RJ)

Paulo Teixeira (PT-SP)

Pedro A Bezerra (PTB-CE)

Pedro Augusto (PSD-RJ)

Pedro Cunha Lima (PSDB-PB)

Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA)

Pedro Paulo (DEM-RJ)

Pedro Uczai (PT-SC)

Perpétua Almeida (PCdoB-AC)

Profª Dorinha (DEM-TO)

Prof Marcivania (PCdoB-AP)

Profª Rosa Neide (PT-MT)

Professora Dayane (PSL-BA)

Rafael Motta (PSB-RN)

Raimundo Costa (PL-BA)

Raul Henry (MDB-PE)

Reginaldo Lopes (PT-MG)

Rejane Dias (PT-PI)

Renildo Calheiros (PCdoB-PE)

Rodrigo Agostinho (PSB-SP)

Rodrigo Maia (S.Part.-RJ)

Rodrigo de Castro (PSDB-MG)

Rogério Correia (PT-MG)

Rubens Bueno (Cidadania-PR)

Rubens Otoni (PT-GO)

Rubens Pereira Jr. (PCdoB-MA)

Rui Falcão (PT-SP)

Samuel Moreira (PSDB-SP)

Sebastião Oliveira (Avante-PE)

Sérgio Brito (PSD-BA)

Sergio Toledo (PL-AL)

Sidney Leite (PSD-AM)

Silvio Costa Filho (Republicanos-PE)

Tabata Amaral (PDT-SP)

Tadeu Alencar (PSB-PE)

Talíria Petrone (PSOL-RJ)

Tereza Nelma (PSDB-AL)

Tiago Mitraud (Novo-MG)

Tiririca (PL-SP)

Totonho Lopes (PDT-CE)

Túlio Gadêlha (PDT-PE)

Valdevan Noventa (PL-SE)

Valmir Assunção (PT-BA)

Valtenir Pereira (MDB-MT)

Vander Loubet (PT-MS)

Vanderlei Macris (PSDB-SP)

Vicentinho (PT-SP)

Vicentinho Júnior (PL-TO)

Vilson da Fetaemg (PSB-MG)

Vinicius Gurgel (PL-AP)

Vinicius Poit (Novo-SP)

Vitor Lippi (PSDB-SP)

Vivi Reis (PSOL-PA)

Waldenor Pereira (PT-BA)

Walter Alves (MDB-RN)

Wellington (PL-PB)

Wolney Queiroz (PDT-PE)

Zé Carlos (PT-MA)

Zeca Dirceu (PT-PR)

Zé Neto (PT-BA)




DANÇA COM PEIXES


 

IDEOLOGIA NENHUMA FAZ VIVER


 

GARRAFA VAZIA

 


O CRIME MIGRA PARA ONDE ESTÁ A VANTAGEM ILÍCITA


 

A COLHEITA DA VIDA


 

PRESERVAÇÃO DA ALMA


 

O VOO DE TODOS OS VOOS

A vida tem muito de tolerância. De um grande momento de felicidade real, de conquista, de boa notícia ou de plenitude de satisfação dos sentidos com a sequência ordinária dos dias. Há o vácuo da rotina, repetição, da sobrevivência. Neste tempo você quase vegeta, você fica como o pássaro buscando o impulso para o próximo voo. Pode demorar muito, mas esta é dualidade da natureza.  

A minha coleção de voos genuínos têm o primeiro beijo na namorada adolescente, na penumbra da matinê do cinema da minha infância, Cine Paratodos. Meu primeiro dinheiro, do meu trabalho profissional, independente. O meu casamento. O nascimento do meu filho e da minha filha. Minha primeira viagem internacional. Minha primeira casa própria. O aparecimento da Isabel, da Cecília e do Antônio. Sim, porque os netos não nascem, eles despontam no horizonte das nossas histórias, no amanhecer da nossa maturidade, na consolidação do nosso amor pela vida. A certeza de uma noite de sono com a paz do dever cumprido, definitivo. O vinho de uma noite especial revendo toda a própria experiência e saudades, que é um exercício que só os que ousaram construir os seus sonhos têm. Vistando as dores, as frustrações e o caminho desta construção. Aí é hora de voar acima de todos os voos, e só agradecer por ter as asas tão fortes que podem se sustentar eternamente no ar.

EU PRATICO A SAUDADES


 

A HONESTIDADE DA URNA


 

INSTINTO


FILOSOFIA ENGARRAFADA


 

O DIA É DO CORPO, A NOITE DA ALMA.

Se um desejo pudesse voar, e com as garras soberanas pudesse tomar o que quer, mas é uma ave condenada a ficar no chão. 

Os desejos são feitos de incompletudes, um tiro na nossa paz, um desafio para a nossa ingratidão — Viver deveria bastar!

Mas a noite sempre vem sem um pedaço dos desejos, e o corpo não quer dormir e quer sonhar.

A noite sempre foi uma fuga do dia, o dia é real demais,  é do corpo,  a noite é da alma. 

Sinto este transe quando tomo meu primeiro drink noturno,  na minha quase soturna sacada, e aí vêm os primeiros acordes de um trompete, do meu Spotify, e meu coração sorri.

Então começo crer que tudo é uma felicidade. 

E Campo Grande que oferece suas ruas e prédios calados e silenciosos, quase tristes,  canta num mar de luzes.

MORREU DE SOLIDÃO

Não havia nenhuma entrada aberta, nem porta ou janela, um barraco de madeira que deixava uma pequeníssima fresta onde se via um pé sobre um chinelo havaianas. Antes de arrombar, arrolei duas testemunhas para um auto circunstanciado de rompimento da fechadura da porta, já fazendo os apontamentos das características do imóvel e da presença de um corpo humano que não apresentava sinais de vida. Pelas finas frestas da parede de tábuas, daquelas ripas que fazem a junção das tábuas maiores, um mosaico em intermitentes flashes de visão e vi que se tratava de um homem, calças jeans, camiseta, sangue na calça, um cinto de couro cru, sangue na camiseta, sentado sobre a própria poça de sangue na tarimba rústica de pau lavrado, que ainda estava feita com lençóis brancos, evidência de que não dormiu o sono da noite. Só um pé não calçava mas repousava sobre o chinelos.
Arrombei a porta, com ajuda dos agentes, do perito e do escrivão, só aí pude ver o rosto do homem, ou quase isto, porque entre os dois olhos havia um grande buraco com as bordas negras de chamuscamento, e o sangue encharcava o cabelo e formava quase um capacete vermelho na sua cabeça desfigurada. Tinha, apesar, os olhos abertos e fixos no nada, mas fitavam diretos em quem entrava. Sentado naquela tarimba, o tronco já havia se deslocado e se inclinava para um dos lados, pela gravidade, a cabeça repousava na parede de madeira oposta à entrada, onde se encostava a sua cama, assentado na poça do próprio sangue. Aquele pé, que diferente do outro, não calçava mas repousava sobre o chinelo, fora o pé do disparo fatal.
35 a 40 anos, mas alguém que o tempo certamente havia imposto grandes experiências, o seu olhar com a esclera bem manchada de vermelho, e os seus pés queimados e rachados dos que trabalham pesado e não se calçam bem. No meio das pernas, com a coronha apoiada no chão, e o cano repousando no seu peito, uma cartucheira 28, mocha, que como um pequeno vulcão encanado espalhara sua massa encefálica pela parede às suas costas e depois em parte das telhas sem forro.
O bilhete, ou carta de despedida, último testemunho de quem se retira da vida,  com uma caligrafia oscilante e impaciente, é também um testamento, um alvará de absolvição das culpas que sempre podem pairar sobre si e os que ficam.
Antes de pegar as pedras, em vista de relato tão triste e chocante, você, ora leitor, que sempre está a postos para julgamentos, atente. Aguarde minhas razões. Isto está acontecendo aos milhares pelo país e pelo mundo, neste exato momento.
Foi uma das inúmeras ocorrências de suicídio que atendi, em todas as jurisdições porque passei, vez que toda morte violenta demanda uma sindicância pelo Delegado de Polícia. Mas esta foi emblemática. A aparência dura e forte, de quem não recusara os embates mais pesados com a vida, de natureza simples e rústica, vivendo em um barraco de um armazém da periferia onde cumpria a missão de vigia, por um salário de sobrevivência, acabara se entregando. Apurei depois, com oitiva de vizinhos e conhecidos, e perícia, que não consumia drogas, sequer fumava, e vivia quase isolado, sem amigos e longe da família.
Ao cumprir o protocolo de levantamento do local da morte, revistamos seus bolsos, haviam ali outros bilhetes, quase uma dezena, e a caligrafia era a sua em todos eles, e o desespero também, um deles me chamou a atenção onde ele se despedia com um lamento tão sincero, profundo de tão direto e simples, que tentarei lembrar sem correções: — "Meo Deu, um cariu de uma muler, um brasso."
Morreu de solidão, aquilo que os mais informados chamam de depressão, uma epidemia que chegou ao lumpesinato, e mata sem misericórdia, com as próprias mãos.
Perdi amigos para esta doença, outros tantos a venceram, mas muitos vivem sob a espreita permanente dela, por isto não subestime este sofrimento se o vir, se o perceber em quem você pode ajudar, talvez com um abraço, apenas.
O afeto,  a proximidade com o próximo, esta redundância que é um clamor de toda alma, a amizade e o carinho são remédios potentes, e têm efeito terapêutico até para quem os oferece. 
E os tempos de terror que a mídia e muitos  políticos engajados em métodos pragmáticos, mas inconsequentes,  estão impondo ao mundo, a pretexto de salvar vidas, está gestando uma terrível tragédia.  De uma geração desestimulada da liberdade,  contida na alegria de viver, crianças distantes das outras, das escolas, dos parques,  das ruas e das brincadeiras. Mães vendo seus filhos se acovardarem pelo pânico, fragilizados nas suas defesas,  gessados nas suas vontades,  temendo descobrir a vida. Obesos,  inertes e reféns das TVs que desfilam mortos como quem conta um placar escatológico de um jogo obcecado pela tragédia.
Estaremos todos muito doentes, ao final desta cultura do medo,  contagiados pela crença que o isolamento do semelhante é a cura, estigmatizando os vizinhos, os amigos, os familiares,  nossos amores, como o perigo e o grande risco das nossas vidas. Isto se prenuncia triste e se continuar vai mudar as pessoas, muito, mas não para melhor como pensam e anunciam muitos. 
Nós elegemos o caminho egoísta da separação,  da distância,  da individualidade, da desempatia com toda a vida que não seja a nossa própria. Miseráveis,  solitários e robotizados numa falsa determinação de sobrevivência,  onde estaremos matando todas as virtudes humanas, porque o que nos confere esta natureza é a percepção da necessidade de coexistir, de solidariedade e do bem comum.
O mundo já tentou este caminho, segregou os leprosos, os tuberculosos, os sifilíticos e, recentemente,  os aidéticos, mas então muitas vozes que deram coro ao mundo fizeram despertar que era um trajeto de involução humana.
E agora? O que fazem  parte dos políticos,  da polícia, da justiça, das forças institucionais do Estado, a imprensa, à serviço desta macabra e ineficiente ideia?
Se calam.
Os pobres empobrecerão mais, os ricos se protegerão mais, os egoístas mais se reforçarão nas suas convicções e nosso legado será o do pavor de viver, de abraçar, de amar e de conviver. E não me venham com a cantilena que é provisório, que é passageiro e emergencial, a humanidade não pode encontrar saída na covardia, na desesperança e na indiferença com o seu semelhante.
Anunciar que querem salvar, sob o falso mantra do "quem ama protege",  na língua dos anjos e dos homens, soa como o metal mais frio, o címbalo que retine, não como amor fraterno, mesmo distribuindo as bolsas e mantimentos como caridade compensatória da autoestima, de uma enganosa expiação falsa da consciência, compensatória de um egoísmo servil à própria sobrevivência.
Subjugados na dependência, na dignidade, na honra e na liberdade, os teus semelhantes mais fracos jamais vão se recuperar. As medidas de assepsia, lavar as mãos,  o uso racional de máscaras,  o distanciamento de segurança  estão no lugar devido, mas o instinto exacerbado de sobrevivência não é apenas covardia, é desumanidade. 
Infelizmente a humanidade não deu certo.

 

 

 

 

 

 


 

A TRAIÇÃO É A ARMA DO COVARDE

Aquilo que dói no peito de um homem só é reconhecido por outro homem. Tire a dignidade de um homem e se tira a vida. Tire o trabalho e se tira a honra, a felicidade. Um homem não se ofende com uma briga limpa, frontal, franca e leal. O homem se reforça nestas batalhas, sangra, cicatriza e se fortalece. O homem só conhece enfrentar face a face o outro homem, para uma batalha digna, matar ou morrer é provável, mas seu espírito vive desta coragem e desafio. Se sente digno, mesmo ferido, depois destas lutas. Mas enfrentar o covarde é uma vergonha, uma ofensa à própria dignidade, uma indignidade. O covarde foge para a segurança da traição, da fraude e do embuste. E esta é uma arena muito hostil, desconhecida e invencível para os honestos, para os bravos. O covarde se assenhora da confiança que lhe foi premiada, pelo homem, e mesmo sem forças e qualquer coragem usa o poder desta outorga, desta amizade e procuração para imolar ou ferir de morte o seu fiador, com a arma exclusiva da traição. O covarde não sabe o que é o orgulho da luta, do trabalho, da honestidade, da lealdade, da dignidade e do carácter, e nunca poderá perceber que retirar estes atributos do homem é a grande tragédia deste. Se você já votou sabe do que estou falando.

UM CANALHA INEPTO

 Não consigo ser canalha.

Tenho desde sempre este defeito. 

Não penso em tirar vantagem dos fracos e dos derrotados.

Não consigo enganar e manter um sorriso amistoso no rosto quando não gosto de alguém. 

Não sei afirmar uma coisa e fazer outra. 

Não tenho aptidão para canalha.

Não tenho meias palavras,  não sei dizer meias verdades.

Não sei tirar vantagens da inocência e nem consigo assistir esta manobra.

Eu jamais conseguirei ser canalha.

Não consigo comemorar a derrota de quem se declara meu inimigo, sou indiferente,  não canalha. 

Não consigo atropelar a fraqueza de ninguém, nem de quem me desafia,  desprezo este tipo de vitória.

Não sei rir do choro de quem já me feriu de morte.

Não sou canalha, e não terei jamais este talento.

Não sei vencer pela rendição da adversidade, não encontro  mérito e a felicidade nisto.

Não sei me manter calado,  seguro e indiferente com a injustiça,  mesmo que não alcance meus menores tostões.  

Sou um péssimo canalha.

Paulo Cezar Cruz Saraceni,  um canalha inepto.