Um blog pessoal para compartilhar ideias com amigos e familiares. Todos os posts de autoria exclusiva do autor, e eventuais citações de terceiros com nomes dos respectivos autores e/ou textos destes em destaque. PauloCCSaraceni

ESTRADAS BRASILEIRAS, UMA VIAGEM COM O PERIGO

Você que durante as suas férias, ou mesmo num feriado, pensou em pegar seu automóvel e sair com a família para um passeio, para uma viagem em família, rumo a alguns dos maravilhosos destinos turísticos deste nosso imenso país, certamente já se viu desencorajado em face das condições de nossas estradas.
IPI, ICMS, IPVA, Seguro Obrigatório, Licenciamento e taxas de pedágios, são os tributos que você paga como proprietário de um automóvel, e estas receitas não se mostram suficientes para o Estado te oferecer a mínima segurança nas estradas.
A farra fiscal em nosso país começa na tungada exorbitante nos bolsos do contribuinte e termina na má gestão e aplicação das receitas.
E os custos indiretos deste descaso são tão, ou mais onerosos quanto os que você recolhe como usuário do seu veículo.
Afinal, grande parte do transporte de bens e valores no nosso país ainda é feito por essas mesmas estradas, e mesmo pelos custos impostos (redundância implícita perfeita) ou por conta do potencial risco que oferecem, acabam elevando os preços dos produtos que você também consome.
E esta fome continuará, e só aumentará a nossa conta, vez que a insuficiência não é de recursos, mas de eficiência, que também rima com incompetência.

DECIFRA-ME OU DEVORO-TE, CIDADÃO.

O que justifica um país tropical, que teve há mais de 500 anos o seu descobrimento, e que se coloca entre as 20 maiores potências mundiais, produzir um reiterado sofrimento à nação com as previsíveis chuvas de estação?
Que a todo ano abrem buracos em nossas estradas e ruas,
Que inundam as cidades,
Que levam pontes,
Que soterram lares,
Que espalham prejuízo,
Que afogam pessoas,
Que desabrigam e roubam vidas?
E, que terminado o verão, nos impõe um repetitivo canteiro de obras,
De recuperação,
De reconstrução,
De uma interminável erosão,
E o dilúvio se repete e sempre aumenta, inclusive as tragédias, as taxas e os impostos.
E envelhecem as esperanças.
Existem nos céus muito mais do que as naturais e seculares nuvens, presentes desde a gênese do universo, para explicar esta tragédia recorrente.
Mais do que os modernos aviões de carreira.
Ou os generosos jatos de algumas ricas empreiteiras, caroneiras.
A resposta talvez sopre no vento, como já disse Dylan.
E os ventos são etéreos.
Como o pensamento.
Como o sofrimento.
Que não sobrevive até o novo tormento.
E cairá no esquecimento, e se fará desalento,
Justo no infeliz momento do advento das próximas eleições.

Em tempo: Verdadeira tragédia natural foi o que ocorreu com o Japão por estes dias, um terremoto surpreendente com as consequentes tsunamis, de enorme proporção, imprevisível como evento bissexto, mas que produziria muito mais danos humanos e materiais não fosse o prudente e responsável investimento do país em prevenção de sinistros.