Estar no estádio, com 50 mil outras pessoas, gritando o nome do mesmo time, vendo aquelas cores, aquele ruído, aquela luz, aquela emoção que só o futebol tem, é uma destas sensações únicas.
O Morumbi estava lotado, tinha uma névoa fina, uma fumaça que confundia e condensava um pouco a intensa luz dos holofotes. Estava lá eu e meu filho e no campo o nosso São Paulo.
Fazia um pouco de frio mas o estádio parecia um vulcão de gente, e entrou em erupção junto com a entrada do time.
Primeiro o Rogério Ceni, o goleiro correndo, e seguido pelos demais jogadores, desde o túnel até o centro do campo, diferente das outras vezes.
Ganhamos e perdemos, porque a vitória de 1 X 0 não foi suficiente para irmos à final da Libertadores.
Mas foi uma vitória de uma paixão, que compartilho com meu filho, nascida desde que chutei a primeira bola de capotão, nos campos de terrão no interior de São Paulo.
Lá naquele Morumbi, onde vi Pedro Rocha numa improvável vitória contra o Santos de Pelé, onde vi Pablo Forlan, Terto e tantos outros com a camisa tricolor, uns de fino trato com a bola e outros com a raça do boleiro, eu retornava para ver uma nova geração ao vivo, contemporânea do meu filho.
Impossível não se emocionar, e não gostar de toda aquela festa.
Só os que amam o futebol entendem.