Ao escolher tuas pedras, forre teu caminho mas não as jogue na nossa estrada.
Enquanto as paredes das tuas decisões fecharem o teu futuro, ao tempo de ninguém isto interessa.
Os homens vivem e morrem por suas pulsões próprias.
As folhas que o vento carrega não têm destino, senão a vontade da ocasião e da gravidade.
Ao escolher o teu governo, que seja todo teu, se lambuze nos seus éditos, na sua lenha moral, viva esta festa de vitória que rouba tua razão mas valsa tua paixão.
— Vá longe, e sinta o poder daquilo que te destes. — É teu o prêmio.
Nada construístes, mas fecha a fé com quem prometeu viver tua vida, mesquinha, dependente e inerte na vontade do Leviatã.
— Das infames mentiras, dos conluios ignorados, das práticas vis, dos crimes, da corrupção e do roubo a que te ofereceste, GOZE!
E subindo ao palco dos loucos para desdizer os outros, sempre os outros que não dizem ou não sabem dizer, grite
— O AMOR VENCEU!
— Mas viva tua obra, se regozije nela, a vitória não é um momento, é contada no tempo. Na verdade. E, finalmente, ao sair à luz, te defenda com teu trabalho, consciência e jamais, novamente, se fie nesta quadrilha de enganos que roubam a atenção e os próprios cuidados com a própria vida, uma cerca rija dos poucos hábeis para a construção, realização e a produção.
Os passos do teu vizinho, dos teus patrícios e de quem não se logrou neste enredo não te pertencem.
— Respeite-os!
— Eles ainda saberão construir os próprios sonhos!
Boa Noite. São Paulo, 22 de janeiro de 2023.
Paulo, teu concidadão.