Ter a consciência, talvez um palito de fósforo aceso de todas as respostas, e mergulhar nesta premissa por tudo e toda a vida, é a fórmula do eterno engano.
As velas desbravam uma horta da escuridão, e a razão não se contém nestas premissas do raio desta precária luz.
Resista a estas crenças eternas que te fazem romper com a dúvida, e alimentar a traiçoeira certeza, nada muda mais do que a verdade quando ela é das mãos humanas.
Resista sempre, leia um poema de Huxley, ou beba os mares de Baudelaire sem concessões à sobriedade da convicção.
Nada é mais certo do que a pergunta, as respostas são pistas falsas e o destino do engano que sequestra os fracos de alma.
Vamos viver todas as questões, todas as dúvidas, são a nossa única chance para este encontro final com a verdade.
Ou não.
Bom fim de semana.
Desde a Vila Clementino, em São Paulo, à todos os crentes e convictos que nunca viveram a liberdade e consciência de não saber, tal qual Sócrates. SP 27.1.23
Um blog pessoal para compartilhar ideias com amigos e familiares. Todos os posts de autoria exclusiva do autor, e eventuais citações de terceiros com nomes dos respectivos autores e/ou textos destes em destaque. PauloCCSaraceni
AOS ANTÍPODAS DE SÓCRATES
VÁ À MERDA, TODES! BOA SEGUNDA A TODOS!
Rolou uma pedra morta da montanha e fechou o caminho.
Sim, pedras mortas existem, elas caem como os frutos podres, um descarte da natureza.
Ela brotou no cume por acidente vulcânico, e rolou para ser só morte, só estorvo.
Uma pedra esmaga liberdades, fecha estradas mas pertencem à tragédia, ao drama do caminho.
Os justos em caravana decidiram implodí-la.
Acamparam à sua sombra e vão fazê-lo, mesmo querendo apenas contorná-la por princípios de não-violência.
Mas crianças, senhoras frágeis e sem força vêm atrás e precisam prosseguir nas suas livres vidas.
Os homens justos decidiram que não é questão de coragem, mas de amor.
BOA SEGUNDA À TODOS(Vá à merda todes!)
SP 23.01.23
AOS COLECIONADORES DE PEDRAS
Ao escolher tuas pedras, forre teu caminho mas não as jogue na nossa estrada.
Enquanto as paredes das tuas decisões fecharem o teu futuro, ao tempo de ninguém isto interessa.
Os homens vivem e morrem por suas pulsões próprias.
As folhas que o vento carrega não têm destino, senão a vontade da ocasião e da gravidade.
Ao escolher o teu governo, que seja todo teu, se lambuze nos seus éditos, na sua lenha moral, viva esta festa de vitória que rouba tua razão mas valsa tua paixão.
— Vá longe, e sinta o poder daquilo que te destes. — É teu o prêmio.
Nada construístes, mas fecha a fé com quem prometeu viver tua vida, mesquinha, dependente e inerte na vontade do Leviatã.
— Das infames mentiras, dos conluios ignorados, das práticas vis, dos crimes, da corrupção e do roubo a que te ofereceste, GOZE!
E subindo ao palco dos loucos para desdizer os outros, sempre os outros que não dizem ou não sabem dizer, grite
— O AMOR VENCEU!
— Mas viva tua obra, se regozije nela, a vitória não é um momento, é contada no tempo. Na verdade. E, finalmente, ao sair à luz, te defenda com teu trabalho, consciência e jamais, novamente, se fie nesta quadrilha de enganos que roubam a atenção e os próprios cuidados com a própria vida, uma cerca rija dos poucos hábeis para a construção, realização e a produção.
Os passos do teu vizinho, dos teus patrícios e de quem não se logrou neste enredo não te pertencem.
— Respeite-os!
— Eles ainda saberão construir os próprios sonhos!
Boa Noite. São Paulo, 22 de janeiro de 2023.
Paulo, teu concidadão.
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