Denunciam os peidos e arrotos bovinos, e aos domingos se fartam nos churrascos.
Maldizem o agricultor e suas plantas, pelo consumo das águas, e aprodecem seus rios e mares com o esgoto e lixo tóxico das cidades.
Não querem pastos nem grãos, nem frutas plantadas, querem florestas, índios, natureza intacta e frutos pendentes.
Mas não despem suas grifes, jamais viveriam da caça, da pesca e abastecem suas geladeiras no mercado da esquina.
Gritam contra a lenda do excesso de agrotóxicos, mas não abrem mão de seus celulares, notebooks, veículos de última geração e comodidades da tecnologia. Todos produzidos com química sintética e potenciais despejadores de lixo tóxico e até radioativo.
Ficam doentes, mas não procuram o Pagé e suas plantas, ao sinal de dor ou infecção querem todos os recursos da medicina e os alopáticos de efeito instantâneo.
Eles não são os ecologistas, são os ecoilogistas.
E se estiverem lendo e esbravejando contra este texto, é porque estão consumindo as mais avançadas invenções da civilização humana, que transformou a vida no planeta.