O dono de uma das maiores empreiteiras do mundo e o ex diretor da Petrobrás denunciaram, e confessando crimes próprios, aos brados :
— A POLÍTICA NO NOSSO PAÍS SEMPRE FOI ALIMENTADA PELA CORRUPÇÃO!
E conclamaram :
— ONDE ESTAVA A IMPRENSA, ONDE ESTAVAM TODOS?
30 anos, pelo menos, o modus operandi da propina , do conchavo para desvios de recursos público, da sangria da Nação, da carne e do suor do povo que produz.
Dinheiro que, desviado, negou leitos para hospitais, que matou gente nas filas do SUS.
Dinheiro que fechou escolas, vagas de trabalho, entregou nossas ruas ao crime e à violência.
Dinheiro que matou crianças de fome, de dengue, de zica, e tantas desgraças que poderiam ter sido eliminadas das nossas vidas.
Dinheiro que abasteceu a vida nababesca de tantos que ainda continuam aí, desfrutando do poder.
E que não arredam da realização do sonho de todo crápula : que é colher onde nunca plantaram, e furtivamente juntar tesouros com o trabalho alheio. Aquilo que todo ladrão faz.
Ora, então o povo treme ao ouvir o clichê de que "tudo é uma questão de articulação, negociação, de acordo, do exercício democrático do entendimento".
O povo têm repulsa, mesmo paura que e é avesso a estas expressões, porque elas parecem dizer mais do mesmo, ou seja, tudo será como antes.
Mesmo o país tendo vivido, nos últimos anos, um sopro forte e renovador de ventos de esperanças, com a operação Lava Jato, que ainda tenta fazer uma faxina definitiva nesta farra criminosa que contaminou uma boa parte da política. Com instituições que devolveram um pouco da credibilidade à nossa democracia, e que lutam ao lado do povo para mudar as coisas, o povo teme ainda. E não consegue ouvir mais estas expressões sem sobressaltos
Sei que há injustiça na generalização, sei que existem bons políticos com boas práticas e honestidade, sei que pode haver boas intenções nestas expressões, mas não bastam mais ao povo. A política dominante têm que demonstrar serviço ao país.
Não bastam mais promessas e discursos, o povo quer sinergia republicana e ética nas ações.
Que têm sobrado em muitos magistrados de carreira, promotores, procuradores, policiais federais, auditores da receita, e que fizeram surgir personagens admirados, cultivados como símbolos destes novos tempos de esperança.
Não que o povo os queiram como heróis permanentes, mas foram aclamados assim porque com tanta infelicidade o país precisava desta iniciativa. Precisava de gente disposta a enfrentar esta causa de todos, e que tivesse algum poder para fazê-lo.
Não, a nação nunca desejou a intervenção militar, a vocação do nosso povo é claramente democrática, plural, com o indivíduo, sua liberdade e bem estar no centro das decisões, na construção de uma sociedade livre e que premia o mérito e o trabalho.
Mas desacreditou na democracia caricatural que a nossa política sempre entregou à Nação.
E acabou até desejando a intervenção, como já fez uma vez, como uma saída, uma libertação, uma tentativa de resgate do próprio Estado, da República.
— Senhores, não apenas tentem mudar a maneira de fazer política.
— Mudem, ou as ruas certamente vão fazer isto.