Dias destes recebi um e-mail com um link (com a licença do inevitável anglicismo) para um vídeo publicado no site (de novo) You Tube.
Uma narrativa simples, direta e indignada em que um consumidor tornava pública a sua revolta e frustração com a compra de uma geladeira, que apresentando um grave defeito, o obrigara a uma verdadeira odisseia na tentativa de sua reparação junto à fábrica, até então sem êxito.
A forma inusitada do protesto, inédita para mim, revela o poder de comunicação que a internet oferece, e no caso de utilidade inquestionável.
Creio que a instância judicial é o caminho mais efetivo nestes casos, via a que o referido cidadão já anuncia que pretende recorrer, mas o seu protesto público não deixa de ser legítimo, e em uma tribuna que pela repercussão e praticidade oferece uma nova utilidade a esta ferramenta que cada vez mais se torna indispensável em nossas vidas.
A rapidez e o alcance da web (anglicismo incontornável em assuntos de informática) são surpreendentes, em poucas horas o vídeo registrava centenas de milhares de visitas, que só aumentavam, inclusive com inúmeras manifestações de solidariedade.
Apesar de o país possuir uma legislação avançada na proteção ao consumidor, o desrespeito que muitas empresas despendem aos seus clientes, especialmente no pós-venda, parece longe de ter um fim. Muitos dos tais SACs (serviços de atendimento aos clientes), grande parte terceirizados, se constituem em verdadeiras arapucas protelatórias, um teste interminável para a paciência do pobre consumidor prejudicado. Um serviço criado para atender a clientela, e que hoje é reconhecido como fonte inesgotável de stress e insatisfação do consumidor, um verdadeiro terror.
Confira o vídeo: